O Presidente da República condecorou a título póstumo, hoje de manhã, em Cabanas de Viriato, Aristides de Sousa Mendes. O cônsul português salvou milhares de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Numa altura em que se vive “o maior drama de refugiados”, Marcelo Rebelo de Sousa considera esta condecoração “muito especial”.
Frisando que esta homenagem e condecoração “são verdadeiros imperativos categóricos”.
A cerimónia decorreu na antiga casa do cônsul que está a ser recuperada para passar a ser um Museu.
Há exatos 63 anos, a 3 de abril de 1954, morria Aristides de Sousa Mendes, o Cônsul injustiçado, um dos maiores exemplos de respeito pela integridade humana da história recente do mundo.
Durante a II Guerra Mundial, Aristides de Sousa Mendes emitiu em Bordéus, França, vistos sem autorização do Governo dirigido por António Oliveira Salazar.
A Ordem da Liberdade “destina-se a distinguir serviços relevantes prestados em defesa dos valores da Civilização, em prol da dignificação da Pessoa Humana e à causa da Liberdade”.
Aristides de Sousa Mendes já tinha sido condecorado, em 1986, com o grau de Oficial da Ordem da Liberdade e, em 1995, com a Grã-Cruz da Ordem de Cristo.